Os indicadores da população pet reforçam os impactos da pandemia para a presença destacada do Brasil no ranking. E outro dado confirma essa tendência. Dos atuais donos de bichinhos, 23% tornaram-se tutores de primeira viagem durante o período da Covid-19.

Mas na visão de Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, algumas características do mercado pet também contribuíram para absorver essa demanda.

“O setor conseguiu contornar as turbulências da pandemia reforçando a produção eminentemente nacional, o que nos torna menos reféns das oscilações internacionais. A ampla capilaridade da rede varejista, que rapidamente adequou suas modalidades de entrega ao contexto de isolamento social, também foi um fator determinante”, analisa.

O estudo avaliou também os canais de acesso para compra de produtos e serviços pet. E os pet shops de pequeno e médio porte são dominantes, perfazendo praticamente metade de todas as vendas do setor (48,7%), com movimento de R$ 29,3 bilhões.

Com um aumento de 17,3% em relação a 2021, as clínicas e hospitais veterinários se mantiveram como segundo principal canal de acesso aos produtos e serviços. Com R$ 10,9 bilhões, representam 18,1% do faturamento total.